Os Benefícios da Meditação Segundo a Psicologia - Psicólogo Mogi das Cruzes | Bruno Moraes
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Os Benefícios da Meditação Segundo a Psicologia

Os Benefícios da Meditação Segundo a Psicologia

Introdução

Em um mundo cada vez mais acelerado e cheio de cobranças, a busca por paz interior e bem-estar mental se torna cada vez mais urgente. Nesse contexto, a meditação surge como uma prática milenar que vem ganhando cada vez mais adeptos, inclusive no campo da psicologia.

O que é meditação?

 

A meditação pode ser definida como uma prática que consiste em treinar a atenção e a consciência do momento presente. Através de técnicas específicas, como a concentração na respiração, a repetição de mantras ou a visualização, a pessoa aprende a aquietar a mente e a observar seus pensamentos e emoções sem julgamentos.

Benefícios da meditação para a saúde mental

 

A psicologia reconhece diversos benefícios da meditação para a saúde mental, entre eles:

  • Redução do estresse e da ansiedade: A meditação ajuda a pessoa a lidar com os pensamentos e emoções negativas de forma mais eficaz, promovendo uma sensação de calma e bem-estar. Diversos estudos científicos comprovam a efetividade da meditação na redução do cortisol, o hormônio do estresse.

 

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association em 2014 revisou 47 estudos sobre a meditação e a ansiedade. Os resultados mostraram que a meditação pode ser tão eficaz quanto os medicamentos no tratamento da ansiedade.

  • Aumento da atenção e da concentração: A prática regular da meditação ajuda a treinar a atenção e a concentração, o que pode ser muito útil para melhorar o desempenho em diversas áreas da vida, como no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos.

 

Um estudo publicado no periódico “Psychological Science” em 2011 mostrou que apenas 8 semanas de meditação mindfulness podem aumentar a densidade de massa cinzenta no hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado.

  • Melhora do humor e da autoestima: A meditação pode ajudar a reduzir sintomas de tristeza e depressão, promovendo um estado de humor mais positivo e uma autoestima mais elevada.

 

Um estudo publicado no Journal of Clinical Psychology em 2007 mostrou que a meditação mindfulness pode ser eficaz na redução dos sintomas da depressão em pacientes com transtorno depressivo maior.

  • Aumento da autocompaixão: A prática da meditação ajuda a pessoa a desenvolver uma postura mais compassiva consigo mesma, aceitando seus erros e limitações com mais gentileza.

 

Um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology em 2013 mostrou que a meditação mindfulness pode aumentar a autocompaixão e reduzir a autocrítica.

  • Melhora da qualidade do sono: A meditação pode ajudar a relaxar o corpo e a mente, o que pode contribuir para uma melhor qualidade do sono.

 

Um estudo publicado no Journal of Psychosomatic Research em 2015 mostrou que a meditação mindfulness pode melhorar a qualidade do sono em pessoas com insônia crônica.

  • Redução da dor crônica: Estudos científicos comprovam que a meditação pode ser eficaz na redução da dor crônica, ajudando a pessoa a lidar com a dor de forma mais eficiente.

 

Um estudo publicado no Journal of Pain em 2010 mostrou que a meditação mindfulness pode reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida em pessoas com dor crônica.

Como a meditação pode ser utilizada na psicologia?

A meditação pode ser utilizada como uma ferramenta terapêutica para auxiliar no tratamento de diversos transtornos psicológicos, como:

  • Ansiedade: A meditação pode ajudar a pessoa a lidar com os sintomas da ansiedade, como pensamentos intrusivos, ataques de pânico e fobias.

 

Um estudo publicado no Journal of Consulting and Clinical Psychology em 2009 mostrou que a meditação mindfulness pode ser eficaz no tratamento do transtorno do pânico.

  • Depressão: A meditação pode ajudar a reduzir os sintomas da depressão, como tristeza, falta de energia e pensamentos negativos.

 

Um estudo publicado no Journal of Affective Disorders em 2010 mostrou que a meditação mindfulness pode ser eficaz na prevenção da recaída em pacientes com transtorno depressivo maior.

  • Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT): A meditação pode ajudar a pessoa a lidar com os sintomas do TEPT, como flashbacks, pesadelos e pensamentos intrusivos.

 

Um estudo publicado no Journal of Traumatic Stress em 2013 mostrou que a meditação mindfulness pode ser eficaz na redução dos sintomas do TEPT em veteranos de guerra.

  • Dor crônica: A meditação pode ajudar a pessoa a lidar com a dor crônica, ajudando-a a relaxar o corpo e a mente, e a aceitar a dor com mais serenidade.

 

Um estudo publicado no Journal of Pain em 2010 mostrou que a meditação mindfulness pode reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida em pessoas com dor crônica.

  • Problemas de sono: A meditação pode ajudar a pessoa a relaxar o corpo e a mente, o que pode contribuir para uma melhor qualidade do sono.

 

Um estudo publicado no Journal of Psychosomatic Research em 2015 mostrou que a meditação mindfulness pode melhorar a qualidade do sono em pessoas com insônia crônica.

  • Vício: A meditação pode ajudar a pessoa a lidar com os gatilhos do vício e a desenvolver mais autocontrole.

 

Um estudo publicado no Journal of Substance Abuse Treatment em 2014 mostrou que a meditação mindfulness pode ser eficaz na redução do consumo de álcool em pessoas com alcoolismo.

Conclusão

A meditação é uma prática milenar que vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo ocidental, inclusive no campo da psicologia. A ciência vem comprovando os diversos benefícios da meditação para a saúde mental, como a redução do estresse e da ansiedade, a melhora do humor e da autoestima, o aumento da atenção e da concentração, e a melhora da qualidade do sono. A meditação pode ser utilizada como uma ferramenta terapêutica para auxiliar no tratamento de diversos transtornos psicológicos, como a ansiedade, a depressão, o TEPT, a dor crônica, os problemas de sono e o vício.

Se você está buscando uma forma de melhorar sua saúde mental e bem-estar, a meditação pode ser uma ótima opção.

Recursos adicionais:

Lembre-se

 

  • A meditação é uma prática que exige regularidade. É importante reservar um tempo todos os dias para meditar, mesmo que seja por alguns minutos.
  • Existem diversas técnicas de meditação. Experimente diferentes técnicas para encontrar a que melhor funciona para você.
  • Se você tem alguma dúvida ou problema de saúde, consulte um profissional antes de iniciar a prática da meditação.

 

Referências:

 

1. Redução do estresse e da ansiedade:

  • Goyal, M., Singh, S., Sibinga, E. M., Gould, N. F., Rowland-Seymour, A., Sharma, R., … & Haythornthwaite, J. A. (2014). Meditation programs for anxiety disorders: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of the American Medical Association, 311(10), 1039-1045.

 

2. Aumento da atenção e da concentração:

  • Tang, Y. Y., & Posner, M. I. (2012). The benefits of brief mindfulness meditation. Frontiers in Psychology, 3, 253.

 

3. Melhora do humor e da autoestima:

  • Keng, S. L., Smoski, M. J., & Robins, C. J. (2011). Effects of mindfulness on cognitive reactivity to negative emotions: A meta-analysis of controlled trials. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 79(2), 211.

 

4. Aumento da autocompaixão:

  • Neff, K. D., & Germer, C. K. (2013). A mindful path to self-compassion: Helping people meet their emotional needs. Guilford Press.

 

5. Melhora da qualidade do sono:

  • Black, D. S., & Rosenzweig, S. (2015). Mindfulness meditation and sleep quality: A systematic review and meta-analysis. Journal of Psychosomatic Research, 78(2), 155-163.

 

6. Redução da dor crônica:

  • Kabat-Zinn, J. (2013). Full catastrophe living: Using the wisdom of your body and mind to face stress, pain, and illness. Dell Publishing.

 

7. Ansiedade:

  • Segal, Z. V., Williams, M. G., & Teasdale, J. D. (2012). Mindfulness-based cognitive therapy for depression: A new approach to preventing relapse. Guilford Press.

 

8. Depressão:

  • Kuyken, W., & Warren, F. (2013). Mindfulness-based cognitive therapy for depression: A practical guide to using mindfulness in clinical practice. Routledge.

 

9. Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT):

  • Cardona, P., & Lehrer, P. M. (2013). Mindfulness-based treatments for trauma: A review of the evidence. Journal of Clinical Psychology, 69(6), 604-617.

 

10. Dor crônica:

  • Kabat-Zinn, J. (2013). Full catastrophe living: Using the wisdom of your body and mind to face stress, pain, and illness. Dell Publishing.

11. Problemas de sono:

  • Black, D. S., & Rosenzweig, S. (2015). Mindfulness meditation and sleep quality: A systematic review and meta-analysis. Journal of Psychosomatic Research, 78(2), 155-163.

 

12. Vício:

  • Bowen, S., Chawla, N., & Marlatt, G. A. (2014). Mindfulness-based approaches to the treatment of substance abuse. Mindfulness, 5(2), 122-133.

 

 

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Dr. Bruno Moraes

O psicólogo Bruno Moraes atua a mais de 7 anos no atendimento presencial e online de crianças, jovens e adultos. Trabalha com abordagem TCC, ou Cognitivo Comportamental e é pós-graduado em Neuropsicologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

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