Não consegue seguir a quarentena? Saiba o motivo! - Psicólogo Mogi das Cruzes | Bruno Moraes
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Não consegue seguir a quarentena? Saiba o motivo!

Não consegue seguir a quarentena? Saiba o motivo!

Inúmeros são os casos de pessoas que passam pela situação de não conseguirem manter as orientações emitidas pela Organização Mundial da Saúde, quebrando a quarentena e as recomendações de biossegurança como o uso adequado de máscaras e álcool gel. Mas por que isso acontece?

Sabe-se, que quarentenas com período de duração maior que 10 dias já são o suficiente para causar danos psicológicos consideráveis.

Sentimentos de incerteza, medo de se infectar e/ou infectar familiares e amigos, frustração e tédio pela perda do dia a dia em que já estávamos acostumados, dificuldade em lidar com a nova forma de lidar com questões do dia a dia, dificuldade em lidar com o fato de ter que ficar em casa, medo de ficar sem provisões ou com dificuldades financeiras, desinformação, informação insuficiente ou em excesso, e uma avalanche de carga de estresse são os principais fatores que impactam nosso psicológico em uma situação de quarentena.

Nesse contexto, alguns perigos rondam nossa forma de reagir a um momento anormal como esse. Primeiramente é importante salientar que é natural sentirmos tudo o que foi citado no parágrafo acima, mesmo parecendo que apenas a gente está sentindo ou pensando dessa maneira.

É normal sentir e pensar essas coisas em uma situação anormal como a que estamos vivendo.

Mas o que leva a pessoa a não seguir as orientações passadas pelas autoridades de saúde?

Alguns fatores importantes podem levar uma pessoa a agir dessa maneira, dentre elas:

1 – Não saber definir uma fonte de informações confiável.

Todos os dias somos bombardeados por informações de todos os tipos sobre a pandemia, algumas confiáveis, outras nem tanto e outras ainda indo na contramão. Sem informações adequadas, as pessoas não sabem dimensionar o risco que estão correndo, dessa forma, não conseguem tomar as medidas protetivas necessárias e lidar com o medo do desconhecido.

Em que fontes de informação devo confiar?

Esqueça as postagens de seus amigos no Facebook, ou aquela informação dada informalmente pelo Whatsapp. Não são os amigos que replicam as informações que são o problema, mas a origem da informação que eles estão passando.

Sempre cheque uma informação para saber a procedência dela, cuidado com as fake news.

O ideal é escolher fontes com procedência científica como a Organização Mundial da Saúde, que você pode acessar clicando aqui https://www.paho.org/bra/, a Fiocruz, que você pode acessar clicando aqui https://portal.fiocruz.br/coronavirus  o Ministério da Saúde, clicando aqui https://covid.saude.gov.br/, etc.

2 – Falta de rotina, ou rotina não adaptada para a quarentena.

Quando as pessoas tem uma ruptura na rotina, ou seja, quando elas não tem mais uma agenda ou programação, ficando sem horários estipulados para cada atividade, podem sentir uma grande frustração acompanhada de um grande sentimento de tédio, sentimentos esses difíceis de lidar.

A quebra da rotina pode ainda levar a pessoa a questionar seu lugar no mundo, perdendo referências externas que digam onde, quando e o que elas devem fazer no seu dia a dia. Isso pode levar a uma despersonalização ou perda de identidade, o que por si já configura uma situação assustadora para qualquer pessoa.

Dessa forma, a tentação de retomar o que já era comum, conhecido e seguro para o emocional de quem esta em um contexto desses se torna quase impossível de evitar, considerando a alta carga de estresse que a ausência da rotina antiga esta gerando. É como uma fuga, ou negação da realidade como mecanismo de defesa. A pessoa passa a readotar seus hábitos anteriores a pandemia como ferramenta para se estabilizar seus pensamentos e emoções novamente.

Como posso evitar a perda da rotina, ou criar uma que se adeque à quarentena?

  • Em primeiro lugar é importante que a pessoa se observe e reconheça seus limites emocionais. Quais limites estão sendo ultrapassados com frequência? A partir dessa observação recriar hábitos que permitam a realização de tarefas objetivas, focadas e possíveis.

A quarentena não é momento para tentar ser super produtivo.

  • Estabelecer horário para o sono e horário para a alimentação, ajuda não só a pessoa definir dentro dela em qual momento do dia ela está, fator fundamental especialmente para crianças, que utilizam o período escolar para determinar para si que aquele horário é a manhã (no caso da criança estudar de manhã), que após o almoço é o período da tarde, e a janta demarca o período em que se aproxima a hora de dormir. Além de manter a família reunida, permitindo que passem algum tempo juntos, fortalecendo o suporte afetivo.
  • Evite ficar o dia inteiro sentado ou deitado em frente do computador ou televisão. Inclua um horário para a prática de algum tipo de exercício que não seja penoso, mas divertido. O importante aqui é se movimentar, e não queimar calorias!
  • Inclua na sua rotina um horário para exercícios cognitivos como a leitura de um bom livro, palavras cruzadas, jogos de todos os tipos, o importante nesse momento é que a prática seja divertida.
  • Inclua no seu dia a dia um horário para fazer um exercício de relaxamento, pode ser Yoga, meditação guiada (basta digitar meditação guiada no Youtube que você encontra uma grande diversidade delas), exercícios de respiração, ou seja, aquilo em que você melhor se adaptar ou que mais lhe agrade.
  • Limite o tempo gasto se atualizando sobre as notícias, separe um ou dois momentos do dia para isso. O excesso de exposição à informações no contexto de pandemia aumenta seus níveis de estresse, ansiedade e sintomas depressivos, além de favorecer o desenvolvimento de um sentimento de desesperança.
  • Evite o consumo excessivo de álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas. Imagine que se já está sendo difícil lidar com o estresse da quarentena, controlar o uso dessas substâncias evita você ter que lidar com mais um problema.
  • Estabeleça um horário de convívio com os moradores da casa. Esse tempo pode ser usado para leituras, debates dentro de casa, troca de informações, brincadeiras ou jogos, o que fizer mais sentido para você.

É importante manter momentos de lazer com os familiares, especialmente porque as relações, quando estamos tão próximos, quando estamos confinados com familiares, tendem a gerar mais atritos. É importante manter esses momentos para evitar ou prevenir esse desgaste.

  • Inclua contatos telefônicos ou online quando não for possível ter contato com pessoas queridas, sejam amigos ou familiares. Evite se distanciar deles afetivamente (é nesse momento, mais do que nunca que mais precisamos fortalecer nossa rede afetiva). O distanciamento deve ser físico, não afetivo.

Entenda que o distanciamento social, ao contrário do lockdown é mais que uma obrigação, é um ato de altruísmo. Não estamos ficando em casa por medo de uma doença e sim pelo bem da sociedade e em decorrência para o seu bem e para o bem de quem você ama evitando que o COVID-19 se propague.

Espero ter esclarecido algumas dúvidas. Fiquem a vontade para comentar e enviar perguntas.

 

Até a próxima!

Bruno Moraes Freire de Souza

CRP 06/119065

 

Referências: A Quarentena na COVID-19: Orientações e Estratégias de Cuidado in: Saúde Mental e Atenção Psicossocial na COVID-19 – Fiocruz.

 

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*As informações aqui contidas tem caráter informativo. Não substituem a orientação ou acompanhamento de um psicólogo.

Dr. Bruno Moraes

O psicólogo Bruno Moraes atua a mais de 7 anos no atendimento presencial e online de crianças, jovens e adultos. Trabalha com abordagem TCC, ou Cognitivo Comportamental e é pós-graduado em Neuropsicologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Você atualmente, atua ou mente?

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