A imprevisibilidade da natureza e o adoecimento do corpo são dois fatores que, podem levar algumas pessoas a negarem situações como a pandemia do novo coronavírus. Angústia e sofrimento provocam resistência psicológica à doença e devem ser tratados com terapia para entender a gravidade do problema.
Nessa questão [da pandemia], se trata de um mecanismo de defesa, tal como Freud descreveu. Ou seja, o indivíduo pode se ver numa situação excessivamente dolorosa, perigosa, inóspita. Diante da dificuldade, ele distorce [a realidade] para torná-la um pouco aceitável
De alguma maneira, todas as pessoas distorcem um pouco o que estão vendo no entorno.
A nossa realidade é construída apenas em parte com os estímulos que vem de fora. Muito do que a gente consegue enxergar da vida é fruto das nossas histórias passadas, da nossa estrutura psicológica. Não existe a realidade objetiva que se impõe e obriga as pessoas a enxergarem as mesmas coisas sempre.
O risco da negação da realidade é a exposição da própria saúde e a das pessoas próximas à doença. De acordo com o psicólogo, se trata de um sofrimento silencioso, ainda que não seja identificado pela pessoa que se encontra nessa situação.
É um convite ao desespero que precisamos recusar e identificar em nós a importância de perceber que o medo não é um bom conselheiro.
Uma alternativa para buscar a consciência do problema é procurar uma ajuda especializada, como sessões de terapia ou análise.
“Falar sobre o sofrimento é sempre libertador. Falar do que não somos capaz de entender”.
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*As informações aqui contidas tem caráter informativo. Não substituem a orientação ou acompanhamento de um psicólogo.