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Psicólogos buscam protocolos de intervenção para reduzir sofrimento durante pandemia do coronavírus

Psicólogos buscam protocolos de intervenção para reduzir sofrimento durante pandemia do coronavírus

Uma das preocupações dos especialistas é com a qualidade da informação acessada pela população para saber sobre o coronavírus.

Cientistas de Portugal, Brasil e Canadá se reuniram para pesquisar e buscar intervenções eficazes para a população diante do sofrimento psicológico causado pela pandemia do coronavírus e o atual cenário de isolamento social, recomendado na maior parte do mundo.

“O objetivo maior da pesquisa é buscar bases empíricas, evidências empíricas para a construção de um protocolo de intervenção que seja mais eficaz e mais apropriado àquilo que se está vivenciando nesse momento. É um momento único na história recente do mundo, a gente não vivenciou um problema como esse anteriormente, não na nossa geração”, explica a psicóloga e professora da PUC Goiás, Daniela Zanini.

De acordo com a psicóloga brasileira, a coleta de dados está sendo toda de forma virtual, por conta das recomendações internacionais de combate ao coronavírus. Ela explica que uma nova fase da pesquisa está sendo iniciada.

“Em menos de 24 horas, a gente teve mais de 1,5 mil respondentes. Essa é a primeira fase do estudo. A gente pretende que esse estudo seja longitudinal. Nesse primeiro momento, a gente já tem um mapeamento aqui do Brasil, de como as pessoas estão lidando com o isolamento”, afirma.

Ainda de acordo com a psicóloga, o Brasil possui um agravante para enfrentar a crise da Covid-19, a falta de qualidade da informação, e de como as pessoas selecionam o que leem sobre a pandemia, o que, segundo ela, acaba aumentando o sofrimento da população para enfrentar a pandemia.

“Ao mesmo tempo em que existe muita informação, a qualidade da informação que chega à população, em geral não é tão boa assim. São, muitas vezes, informações divergentes, e as redes sociais contribuem para isso. A gente tem várias opiniões nas redes sociais, mas poucas opiniões são efetivamente qualificadas tecnicamente para serem emitidas. Há uma dificuldade da população brasileira em selecionar a qualidade dessas opiniões, ou a fonte dessas opiniões. Isso gera um sofrimento maior, tende a aumentar o sofrimento”, afirma.

Daniela Zanini possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1998), doutorado em Psicologia Clínica e da Saúde (2003) e Pós Doutorado (2008) pela Universidad de Barcelona (Espanha). Atualmente é professora Adjunto II da PUC Goiás na graduação e Pós graduação em Psicologia (mestrado e doutorado), membro da Comissão de Assessoria de Pesquisa (COAP) da Pró Reitoria de Pesquisa (PROPE), coordenadora do Grupo de Pesquisa em Avaliação e Intervenção em Saúde (GPAIS). Atua também como Psicóloga clínica e da saúde. É conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e membro da Comissão Consultiva de Avaliação Psicológica (CCAP/SATEPSI). Consultora ad hoc do CNPq e de fundações estaduais de amparo à pesquisa.

Zanini é membro de corpo editorial e parecerista ad hoc de Revistas nacionais e internacionais, e do grupo de trabalho Avaliação Psicológica em Psicologia Positiva e Criatividade na Anpepp. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em Avaliação Psicológica e Tratamento e Prevenção Psicológica, atuando principalmente com os seguintes temas: avaliação psicológica, psicologia positiva, fatores de risco e proteção a saúde e resiliência.

 

Fonte: Sagres

 

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